Três policiais militares foram presos durante uma operação do Gaeco nesta segunda-feira (31), suspeitos de ligação com roubo de carga e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos em Maringá, Floresta, Engenheiro Beltrão e Itambé , todas no norte do Paraná.
Segundo o promotor de justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Marcelo Alessandro da Silva Gobbato, os suspeitos usaram a viatura da polícia caracterizada, armas e coletes balísticos no dia do roubo.
"Foram presos temporariamente dois policiais militares em atividade e um policial militar rodoviário da reserva remunerada, além da prisão em flagrante de uma pessoa pelo crime de tráfico de drogas", disse.
Os dois agentes, segundo o MP, estão em atividade na Polícia Militar (PM-PR) e o outro policial, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) está aposentado, e está recebendo salário.
Ao todo, seis pessoas foram presas nas duas fases da Operação Bogotá. A primeira foi em junho deste ano, entre os presos, estão um policial civil do Paraná (PC-PR) e um ex-agente prisional.
Conforme o MP, na manhã desta segunda foram cumpridos três mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, e contou com apoio das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.
A nossa reportagem tenta localizar a defesa dos suspeitos.
As investigações tiveram início em junho de 2023, após o Gaeco de Maringá receber a informação de que os agentes públicos teriam participado de um roubo de carga na região.
As prisões vão apurar a relação dos agentes nos crimes e identificação de outros funcionários públicos que participaram das ações, além de investigar o envolvimento deles no desaparecimento da vítima que teve a carga roubada, em Engenheiro Beltrão e fez a denúncia.
"Logo após o crime o motorista do caminhão roubado prestou depoimento e alguns dias depois ele desapareceu. A família comunicou o desaparecimento. [...] Uma das linhas da investigação é de que a vítima tenha sido morta um pouco depois de revelar os fatos", disse o promotor.
Nas casas dos suspeitos foram apreendidas arma e dinheiro, segundo o MP.
O Gaeco investiga a prática dos crimes de roubo majorado, peculato, disparos de arma de fogo, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de dinheiro. (Fonte:G1)