Após mais de um mês de reuniões e negociações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o deputado federal Celso Sabino (União-PA) para assumir o Ministério do Turismo. Segundo nota oficial, a nomeação sai nos próximos dias no Diário Oficial.
Em nota, o Planalto afirmou: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quinta-feira (13) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o deputado federal Celso Sabino (União-PA). O presidente convidou Sabino para o Ministério do Turismo, convite esse que foi aceito pelo deputado. A nomeação sairá no Diário Oficial da União nos próximos dias".
A nomeação oficializará a saída de Daniela Carneiro da pasta, que retoma o mandato de deputada federal. A nomeação de Sabino é aguardada desde o mês passado, quando o União Brasil aumentou a pressão pela troca.
Daniela também é do União Brasil, mas deve migrar para o Republicanos. A mudança depende do resultado de uma consulta feita pela deputada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na qual pede a desfiliação da atual sigla sem perder o mandato.
Waguinho, marido de Daniela e prefeito de Belford Roxo, já se filiou ao Republicanos e negociou com Lula a saída da esposa do primeiro escalão do governo.
A mudança faz parte das ações do governo para melhorar a articulação no Congresso Nacional. Lula espera que a nomeação de Sabino assegure mais votos do União Brasil na Câmara dos Deputados, a exemplo do que ocorreu na votação da reforma tributária. Na Casa, a sigla tem 59 deputados.
A troca no Ministério do Turismo é a segunda mudança na equipe ministerial feita por Lula desde o começo do terceiro mandato presidencial, em janeiro.
O primeiro ministro demitido foi o general da reserva Gonçalves Dias, substituído no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pelo também general da reserva Marcos Antonio Amaro.
Dias pediu demissão após a divulgação de gravações do circuito interno de segurança do Planalto nas quais o então ministro aparece dentro do edifício durante as invasões golpistas de 8 de janeiro. (Fonte:Globo.com)