Buscando expandir a reflexão acerca de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está promovendo o evento "Protagonismo Juvenil: saúde e sexualidade do jovem paranaense". É um encontro direcionado a jovens e profissionais da saúde para a promoção de debates e que conta com palestras de diversos especialistas. A programação começou nesta terça (13) e vai se estender até quarta (14), oportunizando o compartilhamento de conhecimentos, além da importância da prevenção de IST's, como HIV, Aids e Sífilis.
Desde 2019, o Estado tem realizado diversas ações para aprofundar a prevenção para estes tipos de infecções, como capacitações e estratégias de saúde voltadas à redução do risco de exposição. Dentro da Atenção Materno-infantil, o Paraná atingiu metas anuais de redução de gestações em adolescentes já no primeiro quadrimestre do ano. Com uma meta projetada para um número inferior a 12,4%, as gestações deste tipo registram uma estatística de 9,4%, promovendo mais segurança e saúde a este grupo.
Fim dos tabus é outra meta. De 2015 a 2022, foram notificados 9.641 casos de Aids em adultos no Paraná. Desde o surgimento dos primeiros casos da doença no mundo, a Aids tem atingido grupos de pessoas com características diversas. Inicialmente, a infecção foi registrada predominante em pessoas do sexo masculino, o que possibilitou a criação de estigmas e tabus sobre o tema, mas ela pode impactar todas as pessoas.
"Precisamos levar a conscientização para todos os públicos. Na história científica, houve um período específico no qual essa infecção se manifestou sobre um grande número de pessoas do sexo feminino, num momento que ficou conhecido como a feminização da Aids. Por isso, o combate a preconceitos é tão importante quanto a disseminação da prevenção", explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.
Outro exemplo de atuação nessa área é em relação ao HIV, vírus que pode provocar a Aids. No último ano, o Paraná ganhou protagonismo nacional ao se tornar o primeiro do País a ter uma cidade reconhecida pelo Ministério da Saúde com a dupla certificação da eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis, quando a doença passa da mãe para o feto no útero durante o parto, em Guarapuava. Maringá, Pinhais e Ponta Grossa também possuem destaque, com o selo de eliminação da Transmissão Vertical de HIV.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 38 milhões de pessoas no mundo convivem com o HIV. Entre 2015 e 2022, foram notificados 19.040 casos no Paraná. A maior concentração está na faixa etária de 20 a 39 anos (65,7% do total de casos).
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a necessidade da discussão e atuação para expandir a saúde sexual e conscientização do público mais jovem. "Os assuntos tratados nesse encontro possuem uma grande importância, sobretudo quando consideramos que essas são doenças evitáveis, desde que seja feita os cuidados necessários e a devida proteção individual. Por isso, o trabalho de conscientização é extremamente importante, pois são condições coletivas que devem ser tratadas com muito respeito e apreço", afirmou.