O empresário Armando Guedes Coelho, ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Conselho Empresarial de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), morreu no Rio.
Goiano, Armando se formou em Engenharia Química e Química Industrial na Escola Nacional de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1964, por meio de concurso público, iniciou carreira na Petrobras, onde exerceu diversas atividades.
Entre 1981 e 1982, por exemplo, negociou a associação com a Akzo Chemie, na Holanda, e a Oxiteno para a construção da primeira fábrica no Brasil de catalisadores para unidade de craqueamento fluído.
Em 1985, presidiu a Petrobras Comercio Internacional S.A (Interbras) e, no ano seguinte, a Petrobras Distribuidora (BR). Em 1987, no governo José Sarney, assumiu a presidência da Petrobras, sendo o primeiro funcionário de carreira a ocupar o posto. Nesta oportunidade, defendeu o Programa do Álcool.
Após pedir demissão da Petrobras, iniciou carreira na iniciativa privada, presidindo a Fábrica Carioca de Catalisadores, e posteriormente assumiu a direção da divisão de petroquímica da Companhia Suzano de Papel e Celulose.
Na Firjan, por anos, presidiu o Conselho Empresarial de Energia da federação. Também foi presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan e foi eleito conselheiro emérito da federação. Em 2012, recebeu a medalha de Mérito Industrial da Firjan.
"Armando prestou inestimáveis serviços a esse país. Era um negociador de habilidade e criatividade admiráveis. Se o Brasil evitou um racionamento de combustível na década de 70 deve muito a ele e sua atuação como funcionário de carreira da Petrobras. Sacrificou sua vida pessoal cruzando o mundo em aviões para não deixar o país parar", lembrou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, em nota.