A Câmara Municipal de Apucarana vive um momento de grandes controvérsias e discussões políticas. Enquanto o vereador Mauro Bertoli enfrenta uma CPI, aberta para investigar denúncias feitas contra ele, o prefeito Júnior da Femac sequer viu o pedido de investigação contra sua gestão chegar ao plenĂĄrio para votação.
A diferença no tratamento entre os dois casos gerou questionamentos entre vereadores e eleitores. Alguns parlamentares defendem que todas as denúncias devem ser analisadas com o mesmo rigor, independentemente de quem seja o alvo. "Se hĂĄ fundamento nas denúncias, que seja investigado. O que não pode é usar dois pesos e duas medidas", afirmou um dos vereadores que preferiu não se identificar.
A abertura da CPI contra Bertoli foi respaldada pelo número necessĂĄrio de assinaturas e teve andamento de acordo com o regimento interno. JĂĄ no caso do prefeito Júnior da Femac, o pedido de investigação não foi levado adiante, levantando suspeitas sobre acordos políticos ou falta de interesse de alguns vereadores em prosseguir com o caso.
Os apoiadores de Bertoli, por sua vez, reafirmam a inocĂȘncia do vereador e acreditam que a CPI não passarĂĄ de uma formalidade para esclarecer os fatos. "É um jogo político que não tem fundamento. A verdade vai prevalecer", disse um aliado próximo ao vereador.
Por outro lado, a ausĂȘncia de uma investigação contra o prefeito trouxe insatisfação entre os que desejam mais transparĂȘncia na gestão pública. "A Câmara tem a responsabilidade de fiscalizar o Executivo e não pode fechar os olhos para denúncias que chegam à casa", destacou outro vereador.
A cidade aguarda os desdobramentos desses processos, que certamente influenciarão o cenĂĄrio político no domingo nas eleições. A dúvida que fica é: qual serĂĄ o critério adotado para futuras investigações?