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Bolsonaro é intimado a depor sobre golpe armado por empresários no WhatsApp

Por Jornal Portal do Paraná em 22/08/2023 às 16:08:29

A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento no âmbito do inquérito que investiga um grupo de empresários suspeito de planejar um golpe de Estado no WhatsApp.

O que aconteceu:

Bolsonaro deverá depor no dia 31 de agosto, mas a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos antes dele ser ouvido.

A PF quer o novo depoimento de Bolsonaro após a investigação localizar uma mensagem atribuída ao ex-presidente em que ele pede para que o empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, compartilhe notícias falsas sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e em relação as urnas eletrônicas em grupos de WhatsApp.

O documento, ao qual o UOL teve acesso, mostra conversas de Nigri com um número identificado como 'PR Bolsonaro 8'. PR seria a sigla para presidente da República. O número atribuído ao então presidente enviou ao empresário mensagens com fake news e ataques a ministros do Supremo e pede que o conteúdo seja repassado "ao máximo".

Nigri afirma ter compartilhado com vários grupos uma das mensagens falsas, sobre uma fraude no sistema de votação brasileiro.

Entenda o caso

Em agosto de 2022, o site Metrópoles revelou a existência de um grupo de empresários bolsonaristas para arquitetar um golpe caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse as eleições.

Na última segunda-feira (21), Alexandre de Moraes, arquivou o inquérito contra seis empresários que estavam nesse grupo. Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Khoury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. A PF avaliou que eles não tiveram nenhuma atuação antidemocrática para além da participação no grupo.

Moraes manteve as investigações contra Nigri e Luciano Hang, dono das lojas Havan. O ministro manteve o inquérito contra o dono da Tecnisa sob o argumento de que há necessidade de continuar as diligências da PF. Já em relação a Hang, a PF ainda analisa os dados bancários do dono da Havan e tenta acessar o celular dele. A decisão de Moraes afirma que o empresário se recusou a fornecer as senhas aos investigadores.

O advogado de Meyer Nigri, Alberto Toron, disse ao UOL que vai aguardar a evolução das investigações com "absoluta serenidade". "Embora não concordemos, respeitamos a decisão do ministro Alexandre de Moraes", afirmou. A reportagem também procurou a assessoria de imprensa da Havan, e o texto será atualizado em caso de manifestação. (Fonte:Uol)

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