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Seis policiais rodoviários federais são presos suspeitos de vender mercadorias apreendidas

Entre os presos, um é aposentado. Outros sete policiais rodoviários investigados serão afastados das funções. Investigação começou na Corregedoria da PRF.

Por Jornal Portal do Paraná em 10/08/2023 às 14:40:33

Seis policiais rodoviários federais - um deles aposentado - foram presos nesta quinta-feira (10) suspeitos de desviar mercadorias apreendidas e vendê-las. Dois deles foram presos em flagrante. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) repudiou a conduta do grupo.

As prisões foram realizadas em operação da Polícia Federal e da PRF, coordenada por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O grupo também é suspeito de facilitar os crimes de contrabando e descaminho.

A Operação Spoliare cumpriu seis mandados de prisão, 11 de afastamento de função pública, 54 de busca e apreensão, e dois de sequestro de bens em oito cidades paranaenses e em São Paulo. Os nomes dos alvos não foram revelados.

Os policiais presos em flagrante foram autuados por porte de granadas e de munições de fuzil; um deles ainda foi autuado pelo crime de descaminho.

Duas pessoas que não são policiais também foram presas. Um dos alvos de mandado de prisão é considerado foragido.

Segundo a corporação, outros sete policiais rodoviários federais investigados serão afastados das funções e responderão a processo administrativo disciplinar, que pode levar à demissão.

Mais de R$ 400 mil em espécie também foram apreendidos na ação.

As ordens judiciais foram cumpridas nos seguintes municípios:

  1. Santa Terezinha de Itaipu;
  2. São Miguel do Iguaçu;
  3. Medianeira;
  4. Céu Azul;
  5. Cascavel;
  6. Toledo;
  7. Telêmaco Borba;
  8. Curitiba;
  9. São Paulo (SP).

Investigações

De acordo com a polícia, as investigações começaram na Corregedoria da PRF e apontaram que os envolvidos vendiam produtos em plataformas de comércio eletrônico ou contavam com a ajuda de outras pessoas para comercializar os materiais, normalmente enviados para o estado de São Paulo.

A partir do trabalho da Corregedoria, as apurações evoluíram para a instalação de um procedimento na Polícia Federal, com apoio do Ministério Público.

Se condenados, os suspeitos devem responder por crimes contra administração pública. As penas máximas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

O que diz a PRF

Em nota, a PRF disse que repudia "toda ação que atente contras seus valores institucionais".

Afirmou, também, que tem o compromisso de "não tolerar qualquer desvio de conduta, assim como nesta operação, motivada pela Corregedoria da própria PRF". (Fonte:G1)

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